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Rodolfo Teófilo

Rodolfo Marcos Theóphilo (Salvador, 6 de maio de 1853 — Fortaleza, 2 de julho de 1932) foi um escritor brasileiro de estética literária regional-naturalista, além de poeta, documentarista, contista, articulista e farmacêutico.


Grande benemérito no Ceará, onde viveu toda a vida, nasceu o contista, romancista, poeta e documentarista, um dos maiores expoentes da literatura regional-naturalista brasileira, na Bahia, em 6 de maio de 1853. Voltou à Bahia e Formou-se em Farmácia em 1875, pela Faculdade de Medicina da Bahia.

Participou ativamente da campanha abolicionista no Ceará, primeira província brasileira a declarar livres os seus escravos. Foi Padeiro-Mor (presidente) da Padaria Espiritual, em sua terceira gestão. Autor de diversos livros; dedicou-se aos mais diferentes gêneros. A partir de 1900, até o final da vida Empreendeu uma batalha pessoal contra a varíola, lutando contra o medo da vacina, sem recursos, em tempo de seca, fome, da migração em massa e em péssimas condições de higiene. Sem apoio do poder público, enfrentou praticamente sozinho, em duas oportunidades, epidemias de varíola que vitimou milhares de pessoas em Fortaleza e interior do Ceará, no final do século XIX e início do século XX, decidiu iniciar uma campanha de vacinação contra a doença.

Aprendeu a fabricar a vacina e passou a vacinar o povo (1901) com ajuda de sua mulher e um criado. Montado em um cavalo, cuidou sozinho da vacinação em massa pelos bairros pobres de Fortaleza durante os três primeiros anos do século XX. Somente mais tarde criaria a Liga Cearense Contra a Varíola, contando então com voluntários em praticamente todo o interior do estado na luta contra a doença. Vacinou próximo de duas mil pessoas (1902), não sendo  registrado nenhum caso de varíola na capital cearense naquele ano. Por causa disso, foi perseguido durante o governo de Antônio Pinto Nogueira Accioli, do qual era opositor, acusado de desmoralizar a autoridade que estava totalmente alheia ao sofrimento do povo cearense. Obstinado ainda encontrou tempo para escrever 28 livros, aderir à causa abolicionista e militante na Padaria Espiritual, uma espécie de agremiação literária que, pelo comportamento irreverente de seus membros, antecipou o Modernismo no Brasil. Embora pouco se conheça publicamente do seu trabalho, como escritor foi o introdutor do Realismo/Naturalismo no Ceará com a obra A Fome (1890), seu romance de estreia e o primeiro romance cearense publicado em forma de livro, pois até então os romances eram publicados através de folhetins. Foi membro fundador da Academia Cearense de Letras. É considerado um dos principais expoentes da literatura regional-naturalista do Brasil e um dos maiores nomes da literatura do Ceará. Em sua homenagem, o Centro Acadêmico de Farmácia da Universidade Federal do Ceará tem o seu nome. Faleceu dia 2 de julho de 1932, em Fortaleza, aos 79 anos.

 

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